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Indexação, um mal que agora precisamos resolver!

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Indexação um mal que agora precisamos resolver

 

Toda vez que a economia entra em crise o país passa a conviver com duas moedas. Isso porque a moeda local, diante da inflação perde sua referência de valor e a alternativa para a economia continuar funcionando passa ser essa convivência que geralmente a escolha da moeda é pelo Dólar.

No caso do Brasil, sempre com o jeitinho brasileiro, ele indexou as aplicações financeiras (operações pos-fixadas atreladas aos CDI) criando assim uma moeda indexada e ficando assim com duas moedas: uma fixa e uma indexada.

Fazendo assim, a indústria de fundos de renda fixa fica ancoradas no CDI e os tomadores de empréstimos corrigem suas dívidas também por percentagens do CDI. Esse procedimento até meses atrás era necessário pois o CDI tinha taxas de dois , três e até quatro dígitos.

Queda nas taxas de juros

No entanto, agora com a queda nas taxas de juros, isso cria problemas pois tira a potência da política monetária. A cada elevação da taxa de juros, os detentores de aplicações em fundos de renda fixa (a maioria no Brasil) têm ganhos de renda e isso induz a mais consumo que gera inflação. Nos livros de economia, quando o banco Central eleva os juros um dos objetivos é frear o consumo, mas nesse caso seria como se tivesse pisando no freio e no acelerador ao mesmo tempo. Elevando os juros, isso também aumenta as dívidas das empresas uma vez que boa parte dos empréstimos são indexados ao CDI.

Resgates antecipados

Outro problema deste modelo para os Bancos é a possibilidade de resgates antecipados das aplicações financeiras indexadas. Com essa possibilidade o Banco não consegue estimar um prazo similar para emprestar o valor aplicado (seu papel) e o custo deste Funding como é indexado, tanto faz ser for resgatado antes ou demorar mais tempo no Banco. Notem que é um modelo financeiro que todos perdem: bancos empresas e Governo. E qual seria a solução: evitar moedas indexadas e colocar um pênalti se houver resgate antecipado. Essa visão já é adotada em países com economia estabilizada e deverá ter mais ênfase nos próximos anos no Brasil. Com Isso, a economia monetária terá mais força (lembrar das aulas de economia) e haverá mais previsibilidade para fazer operações de crédito mais longas e menos “descasadas”, que é a diferença de prazos entre o que o Banco captou nas aplicações financeiras e emprestou.

Aliais, falando em “descasamento” outra tendência que deverá acontecer no Brasil, com a economia estabilizada, será diminuir a quantidade de indexadores: CDI, diferentes inflações, TR, entre outros.

Evitará os tais descasamento entre ativos e passivos. Um exemplo disso: no ano passado os aluguéis foram indexados pelo IGPM mais os salários foram indexados pelo IPCA, mais um descasamento. A solução é fazer com que quase todos os contratos sejam indexados por apenas um indexador, a ser definido.

Mas vamos olhar o lado positivo desta conversa. Se podemos agora falar deste assunto é porque chegou a hora e tem solução. O momento é bom para correções e temos vários exemplos para seguir.

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