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NOVO MUNDO: IR A UMA AGÊNCIA BANCÁRIA É CADA VEZ MAIS RARO!

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O crescimento do número e alcance das fintechs tem sido amplamente celebrado no mercado financeiro. Isto porque essas startups oferecem serviços financeiros e não financeiros inovadores e disruptivos, com uso intensivo de tecnologias digitais com modelos de negócios mais flexíveis que os dos Bancos tradicionais. Não é por acaso que o Banco Central tem estimulado o aparecimento de novas fintechs.


Seria as Fintechs uma ameaça aos grandes Bancos? Um ponto importante a considerar é que os grandes Bancos têm um custo maior de administração relacionado ao Compliance dos que as Fintechs. A inflexibilidade nas suas operações decorre disso e do seu tamanho, e eles precisam ter produtos altamente padronizados copiados nas suas redes de agências.


Mas então é melhor ser uma Fintech do que um grande Banco? muitas Fintechs enfrentam dificuldades para seguir crescendo, ganhar escala e gerar lucro de forma sustentada. Por essa razão algumas tem dificuldades de obter Funding a custos atrativos para levantar capital para tocar sua operação. Nesse caso o excesso de compliance, que tem nos grandes Bancos, traz mais confiança para os investidores e serve como dificultador para atrair funding com melhor condições para as Fintechs. Outro dificultador para as Fintechs é de que as mesmas ainda precisam cair na confiança dos consumidores pois trata-se de empresas ainda bastante novas no segmento financeiro. Pelo lado dos grandes Bancos, os mesmos precisariam ter modelos de negócios mais inovadores e ampliar o leque de produtos aproximando-os mais da Fintechs, mas isso não é uma tarefa fácil devido ao seu tamanho. Olhando por esse prisma os dois são igualmente necessários e até complementares e deveriam conviver em harmonia principalmente considerando que a relação de operações de crédito do Brasil em relação ao PIB ainda é muito baixa, cerca de 60%. Em outras palavras tem espaço demais para crescer e vai precisar da colaboração de entidades complementares. Em ficando como está hoje, há até uma convergência de interesses e busca de sinergias, e isso tem um efeito bastante positivo para o país.


Neste movimento é interessante observar o aparecimento de empresas que ajudam as fintechs a originar operações pois as mesmas não têm rede de agências para captar clientes, como acontece nos grandes Bancos. São os Corbans, correspondentes bancários que se especializam em achar os clientes dentro das regras das Fintechs e mandar para as mesmas aprovarem e depois ser devidamente remunerado por isso. Percebam que nasce, como consequência desse novo modelo financeiro, outros participantes com novas especializações. Pelo lado do cliente, o tomador do crédito, ele passa a concentrar num Corban todas as possibilidades de diversas Fintechs. Isso torna as Fintechs ainda mais competitivas entre elas (que já são competitivas nos seus produtos quando comparado com os grandes Bancos). Percebam também que esse modelo começa se assemelhar com o do mercado americano, onde o “Broker” assume um papel importante ao representar o cliente nas suas decisões financeiras. Estamos diante de novo jeito de operar no mercado financeiro, ir a uma agência bancária e falar com o gerente está ficando cada vez mais raro e desnecessário!


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