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O QUE ESPERAR DA ECONOMIA EM 2021

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Depois de passarmos pela tempestade de 2020, todos perguntam como ficará a economia em 2021 no que se refere ao crescimento do PIB. Essa resposta é importante pois será a guia de orientação para expansão das empresas principalmente depois do recuo decorrente da pandemia em 2020.


Nas primeiras disciplinas de economia aprendemos sobre Keynes:  ele defendia uma maior atuação do Estado na economia. A Escola Keynesiana pregava o Estado como um agente ativo contra a recessão e alta no desemprego. Quando uma economia precisa crescer o governo tem de criar demanda agregada e isso pode ser feito aumentando seus próprios gastos (do Governo). Por exigir um governo maior como decisor da economia de um país, o Keynesianismo gerou uma oposição ao Liberalismo, que defende um Estado menor possível.


Esse dilema nunca foi resolvido por completo e estamos hoje convivendo de perto com ele na busca de achar a configuração mais eficiente para ter um maior crescimento da nossa economia. Alguns economistas defendem aumentar os gastos e outros exatamente o contrário. A ala mais liberalista (menos Governo) acha que as condições da economia são muito mais importantes que a expansão fiscal (Keynes), que em 2020 se deu através do auxílio emergencial. Não há dúvida de que o Auxílio emergencial teve um papel importante no auge da pandemia pois sustentou o consumo e teve um importante impacto nos setores como alimentação e construção civil (Keynes). Isso possibilitou construir uma ponte para que a recessão não ficasse maior e aumentasse ainda mais o desemprego.


Mas e daqui para frente? O foco será na escola Keynesiana ou liberalista? ou nas duas? Vejamos; se o auxílio emergencial continuar sendo usado, vai ajudar no crescimento a curto prazo, ninguém discorda disso. Mas por outro lado, a ala liberal argumenta de que acabará sendo prejudicial para o crescimento a longo prazo devido ao equilíbrio das contas públicas. Seja lá qual for a decisão, para retomar o crescimento, a fórmula ideal será possivelmente uma combinação das duas escolas. Essa combinação deverá ser garantida por uma política monetária focada na manutenção do nível de investimentos do país e também numa agenda fiscal focada em diminuir a dívida interna, que devido a retração da economia caminha para 100% do PIB. É possível conviver com isso? Sim, desde que as contas públicas estejam controladas.


Outra variável que deverá ser revista em 2021 é a taxa de cambio. Alguns economistas acham que uma taxa de cambio depreciada é boa para a exportação, mas ela é vista também como falta de confiança nas contas públicas e isso não é nada bom para um país. Nesse caso, uma apreciação do cambio poderá ser uma alternativa em 2021. Por essa razão, a escola que deve prevalecer é a de que as condições financeiras do país serão mais importantes do que uma expansão fiscal, se o foco for retomar o crescimento de forma consistente.

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