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Velocidade do dinheiro aumenta a riqueza em um país

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Velocidade do dinheiro.

Meu amado avô era um grande criador de gado, um cientista da terra que acreditava que as maiores riquezas vinham da terra, e costumava afirmar de forma simplória que os países ricos são aqueles que tem mais água ou riquezas naturais. Não acreditava que outras formas de riquezas além dessas poderia fazer uma país enriquecer.

Adorava conversar com ele, e como minha formação é finanças, as vezes de forma provocativa eu dizia que existia outras formar de riqueza, por exemplo: “a velocidade que gira o dinheiro numa economia mais que outra pode gerar riqueza também”. Nesse assunto nós nunca concluímos, mas sem saber que aquele assunto tem tudo haver com o que vamos falar aqui.

A Velocidade do dinheiro

Existem um indicador global que mostra o saldo de operações de crédito dividido pelo PIB. Nos países com economia desenvolvida esta relação passa de 100%, ou seja, existe mais operações de crédito que PIB (Produto Interno Bruto representa o somatório de todas as riquezas geradas no país).

No caso do Brasil, essa relação é de 60%, ou seja, tem muito espaço ainda para crescer. As condições para isso acontecer são: estabilidade da economia e da taxa de juros, segurança jurídica e sistema bancário evoluído, nesses três pontos tudo indica que estamos “bem na foto” e com certeza chegaremos lá.

Nessas economias desenvolvidas tem também uma outra característica: existem o mercado de crédito primário e o secundário. O primário é a primeira concessão de crédito e o secundário deriva do primário, ou seja, é a segunda venda da operação feita no mercado primário.

Nesses países desenvolvidos esta segunda venda representa até 4 vezes a primeira operação, isso gera novas operações, novas originações feitas por outras instituições, novos serviços e sobretudo aumenta a velocidade de circulação do dinheiro, por exemplo e ainda bem que não perdi o precioso tempo do meu avô explicando esta lógica.

O Banco Central

Como o Banco Central está sempre buscando forma de aumentar a eficiência da economia vem recebendo ideias do setor privado para aperfeiçoar a chamada “portabilidade de crédito”. Essas ideias vêm de grandes bancos, mas também das “fintechs” e o maior desafio é como diminuir os custos destas operações.

Esses custos podem está ligados ao próprio Governo, ex.: registro da garantia, como também da instituição privada que originou o crédito, por exemplo, para não cobrar do concorrente o custo pela primeira originação da operação. Como a concorrência é saudável uma das ideias que estão na mesa é que, assim como acontece no segmento de telefonia, todos os custos de transferência de um banco para o outro seria arcado por este segundo precisando apenas o devedor do primeiro banco autorizar a transferência.

Iniciativas como essas, aumentam a eficiência da economia e remetem para a conversa nunca terminada com meu avô. Além de diminuição dos custos para o tomador de crédito, o serviço precisará ser mais eficiente para não perder os cliente já conquistados, a taxa das operações haverão de cair para tornar o mercado mais atrativo.

Entre outras vantagens decorrentes da competição que ficaria demasiadamente demorado para explicar para meu avô mas que melhoram e aumentam a riqueza de uma nação, explicando assim a correlação feita com os países mais desenvolvidos especificamente sobre esta recente iniciativa lançada no Brasil.

Por Nelson Chaves.

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