Afinal o que é envelhecimento nos dias de hoje?
Será que o retrato de uma pessoa acima de 65 anos é o mesmo de alguns anos atrás? A resposta para esta pergunta depende do sentido que a sociedade confere a este estágio de vida.
A política hoje define como idoso o brasileiro com mais de 60 anos, mas a percepção de vida em mudando. Na Itália por exemplo esta idade é de 75 anos e esses fatores estão diretamente atrelados aos progressos da agricultura e cuidados com a saúde.
Nesse estágio diminui a mortalidade e aumenta natalidade, neste sentido trata-se de um país jovem. Se o país enriquece e se urbaniza aumenta o bem-estar econômico e faz cair a taxa de natalidade porque muitos adultos como menos filhos dependentes e poucos idosos para cuidar forma uma nação de mais trabalhadores fisicamente capazes de trabalhar.
Nesse cenário as meninas começam a trabalhar mais cedo e passam a ter filhos mais tardes e não por precisão, mas por gostar de cria-los. Colabora com isso um aumento do nível da educação da mulher e com maior renda, o uso de anticoncepcionais, sendo assim nasce menos e o país envelhece com maior população idosa.
Envelhecimento em uma questão econômica
Mais o que significa uma população mais idosa numa equação econômica?
Antes de responder esta questão precisamos entender a questão da longevidade dentro do conceito de velhice e não apenas a proporção de pessoas na idade de 65 dividido pela população mais jovem.
Vamos nos limitar a questão da educação. O perfil educacional do idoso no Brasil mudou ao longo dos 20 anos. Como as gerações mais novas têm mais anos de estudo do que as gerações mais velhas, a população acima de 75 anos tem em média apenas 3,9 anos de estudo, enquanto que a entre 65 e 74 anos de idade tem em média 5,5 anos de estudo.
A renda média da população acima de 65 anos é 40% maior que a de renda até 64 anos de idade mas apenas 14% das pessoas acima de 65 se mantém ativo. Se mais de 80% acima de 65 depende de aposentadoria, mas tem longevidade para trabalhar por mais alguns anos.
Previdência
Diante de tudo acima exposto no cenário do envelhecimento, será muito difícil achar um novo sistema previdenciário que ao mesmo tempo seja justo e coerente com todas as nuanças desta evolução atuarial.
No entanto, não podemos desprezar o aumento da capacidade produtiva ao longo da idade, decorrente sobretudo das mudanças tecnológicas, pra isso um projeto como o da reforma da previdência, para dá certo precisará vir seguindo de políticas de inserção de pessoas ais idosas no mundo tecnológico além de tentar convencê-lo de que ele é capaz de realizar novos sonhos, esse talvez seja o maior desafio.
Por: Nelson Chaves.
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