CEF vai reduzir juros do cartão, será os outros irão fazer o mesmo?
No Brasil, temos Bancos públicos e privados. Os grandes privados visam o lucro e independente das crises tem tido excelentes resultados. Já os grandes bancos públicos só tem um direcionamento também para o desenvolvimento do país mas são bancos e como tal precisa fechar a conta tendo ganhos entre a diferença do que capta dos poupadores e empresta para o tomadores. Como o público, o banco precisa dar lucro (e tem custos maiores que os bancos privados) muita iniciativa adotada por eles acaba sendo copiada rapidamente pelos grandes bancos privados. A lógica é simples: se dá lucro com quem tem maiores custos, imagina com quem tem menores custos, então “vamos nessa copiar”, embora o contrário também aconteça.
Recentemente a CEF sinalizou que vai ampliar sua estratégia de redução da taxa do cartão de crédito. Lembrando que estamos hoje com reduzidas taxas e juros em tudo mas no caso do cartão de crédito isso ainda não aconteceu.
Justificativas dos bancos são as mesmas:
1) quando não se consegue prever quando haverá um saque isso tem um preço maior,
2)Tem pessoas que utilizam o saldo do cartão de forma constantes e vai ficar impagável,
3) o “funding” do cartão é muito caro,
4) alto índice de inadimplência,
5) se reduzir a taxa vai diminuir muito o lucro, enfim, com essas justificativas as taxas de juros dos cartões de crédito nunca baixaram e ultrapassam os 300% ao ano.
A estratégia da CEF é inclusive aumentar sua base de operações de cartões com essa taxa reduzida. Em adotando essa estratégia, haverá um movimento em cascata por parte dos demais bancos públicos e privados. Aliais neste momento, eles já devem está fazendo a conta do que reduzirá nos seus resultados se esse movimento ocorrer.
Esse produto tem pouca elasticidade de preço, como assim? Aumentando ou diminuindo sua taxa de juros não vai aumentar ou o volume da carteira de clientes existentes, mas serve para atrair novos clientes, inclusive que estavam em outros bancos. Por essa razão os outros seguirão rapidamente esse movimento a ser iniciado pela CEF.
No entanto, o mais importante desse movimento, não é quanto os bancos irão deixar de ganhar, mas principalmente assimilar que é possível conviver com taxas menores no cartão de crédito num ambiente onde todos ganham: Banco, clientes, todos.
Autor: Nelson Chaves
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