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Crédito imobiliário: se depender do governo ele vai crescer

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O mercado imobiliário, um dos principais motores da economia dá sinais claros de crescimento e de forma consistente. No primeiro trimestre o volume de crédito imobiliário avançou quase 10% (28 mil imóveis) em relação ao mesmo período de 2018 e no caso de lançamentos o crescimento foi de 4% (14 mil unidades) em todo o país. Em termos de volume financeiro o crescimento foi 39%, representando R$ 21 bilhões.

Como o Programa Minha Casa Minha Vida está andando de lado desde o ano passado, quem vem puxando o crescimento é a classe média e alta. Uma análise feita pela Creditway é de que historicamente o setor tem uma sensibilidade de crescimento elástico de 3 para um em relação ao PIB, ou seja, quando o PIB cresce 1% o setor cresce no mínimo 3% e vice-versa.

Assim sendo, temos aqui duas situações que podem fazer o setor crescer bem mais do que o primeiro trimestre: caso retorne o programa de baixa renda “Minha Casa Minha Vida” e se as expectativas de mercado em relação ao PIB melhorem.

Como o Governo sabe que este setor é um dos principais motores do crescimento do PIB, deverá fazer o possível para estimular as operações de crédito imobiliário e isso ele pode fazer de duas formas: injetando recursos indiretamente através da CEF via programa “Minha Casa Minha Vida” ou através das regras e condições do produto. Como o primeiro depende da saúde financeira fiscal do Governo que não está nada boa ele está focando na 2ª opções:

  1. A CEF econômica reduziu de a taxa de juros de 11% ao ano para 9,75%, podendo chegar até 8,5%, inclusive para imóveis de R$ 1,5 milhão isso faz uma grande diferença quando calculado em 180 meses
  2. Aumentar quantidade de operações por meio do sistema de amortização da tabela Price (prestação inicial é menor) que possibilita mais pessoas contraírem o Crédito Imobiliário
  3. Aprovação do cadastro positivo que beneficiará os financiamentos de imóveis
  4. Estimulando bancos menores a conceder Crédito imobiliário (antes eram só os grandes captadores de Poupança.

Como a CEF, principal banco de crédito imobiliário é sempre seguido pelo mercado, não irá demorar muito para todos estarem reduzindo suas taxas. Está em estudo também no Banco Central mudar o indexador dos contratos de crédito imobiliário, hoje indexados pela TR para outro mais próximo da inflação. Isso aumentará a segurança de quem toma o empréstimo e de quem concede, no caso os bancos.

Em resumo podemos dizer que neste setor o Governo tem feito a parte dele, vamos esperar e torcer para que o mercado reaja bem e além de ser uma fagulha de otimismo contamine todos os outro demais segmentos da economia.

Por: Nelson Chaves

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