Quando comparado com igual período de 12 meses o crescimento foi de 37% totalizando R$ 66 bi, segundo dados da ABECIP, Associação dos Bancos captadores de poupança. Ao que tudo indica o crédito imobiliário inicia um novo ciclo depois de quase uma década estagnada.
Na verdade, comparando a correlação entre crédito imobiliário e PIB percebemos uma elasticidade de 3 para um no mínimo. Não que nosso PIB cresceu ou vai crescer 10% (como gostaríamos) mas isso já é um sinal. A comparação é feita em cima de saldo de operação, ou seja, não adianta apenas ter novas operações, pois as antigas são pagas, logo quando falamos que cresceu x% esse número representa o resultado final entre as entradas e saídas.
Operações de crédito:
Outro ponto a ser considerado é que esse número considera apenas as operações de crédito imobiliário que se originaram da poupança. Existem outras que vieram de “funding” próprio de bancos menores quem não poupança, ou seja, esse número é ainda maior. Quando olhamos indicadores representados por operações de longo prazo, temos um sinal melhor das expectativas do que quando analisamos apenas indicadores como inflação, PIB anual, entre outros.
Pontos chaves:
Importante ressaltar também que a melhora da expectativa não vem apenas dos bancos que concedem o crédito mas principalmente do tomador que para contrair o empréstimo necessita tomas uma decisão de 30 anoso (período da operação), ou seja, é uma decisão de vida, não é a toa que não temos tantos crédito imobiliário por vida.
Para quem não é um profundo conhecedor de economia, esse indicador reflete a expectativa de vários segmentos: tomador de crédito, bancos, construtoras e indústria da construção civil. Esses segmentos trabalham integrados para esse indicador e por isso é importante olharmos com atenção, no caso com um viés otimista.
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