O Brasil vai crescer?
Estamos encerrando a década com uma das maiores recessões da história, um legado negativo, que todos esperamos nunca mais se repetir, mas tudo indica que este ciclo irá se encerrar. Economistas acreditam que o Brasil possa crescer, de forma sustentada, algo em torno de 1,5% por ano e que em alguns anos este número pode ser superado devido a capacidade ociosa do capital de trabalho. O efeito das reformas deverá a médio prazo. Com o ajuste fiscal e as reformas liberais as expectativas é de que o crescimento poderá chegar a 2,5% ao ano atingindo voo de cruzeiro. A esperança é que os economistas estejam mais uma vez enganados como foi na década perdida. A dez anos eles acreditavam que o país tinha entrando numa fase duradoura de prosperidade e que iria crescer em torno de 4,5% ao ano e foi nisso que deu.
Crescemos em média, de 2010 a 2019 em torno de 1,38%. Agora, por incrível que pareça, o risco é do PIB surpreender para cima e não para baixo, como foi o erro passado. Isso porque é muito difícil prever o tamanho do efeito positivo de todas as reformas em curso e que poderão ainda vir.
Taxa Selic
O Banco Central entrará em 2020 com a possibilidade de um corte adicional; para taxa Selic de 4,25% ao ano. Trata-se do que os economistas chamam de política expansionista, que serve exatamente para expandir a economia pois com juros baixo o custo para implantar novos negócios fica também baixo. De modo que, o próprio Banco Central divulgou recentemente uma nota falando do risco da economia se expandir demais, preenchendo mais rápido do que o esperado a capacidade ociosa da economia. Mas o Banco Central pode também está errado como também aconteceu na sua previsão de inflação na última década.
Como é medido o PIB?
A capacidade de crescimento do PIB de um país é determinada por basicamente três fatores: número de trabalhadores da economia, estoque de capital investido e a produtividade desses fatores, ou seja, quanto é possível produzir com essas unidades de trabalho e capital. A oferta de trabalho depende de fatores demográficos, o estoque de capital é determinado pelos investimentos e a produtividade pelos investimentos e reformas econômicas.
Uma coisa é consenso entre os economistas: existe capacidade ociosa para crescer acima da previsão, ou seja, crescer menos que a previsão não está no radar nem dos mais pessimistas, bye bye década perdida, quem venha 2020!
