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Spread muito alto: não tem jeito

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Nosso spread é muito alto? Um bom sistema financeiro ajuda usura significa a cobrança de juros abusivos. Trata-se de um conceito antigo que está presente e até condenado nos livros sagrados. No Brasil a taxa fixada na constituição desde 1933 é de 12% ao ano e isso já mudou um monte de vezes. Vejamos nos outros países: 1% no japão, 3% nos EUA, 10% no Uruguai.

No Brasil, além do spread ser alto é também bastante diferente entre os bancos, o desvio padrão pode chegar a 60%. A explicação de duas perspectivas: da demanda e da oferta. Do lado da demanda, temos diferentes necessidades de empresas em diferentes momentos de maturidade operacional, que topam, aceitam e conseguem pagar por esses spreads.

Pelo lado da oferta, no caso dos bancos, um dos principais fatores é a execução das garantias que é bastante ineficiente quando comparado com os padrões internacionais. Com baixa proteção jurídica os bancos tendem a racionalizar o crédito e quando decidem emprestar levam em consideração a baixa taxa de recuperação de crédito inadimplidos. Isso eleva o custo de crédito no país, assim medidas que elevem a segurança jurídica vai diminuir o spread bancário.

Spread alto

Isso é interessante porque nossa inadimplência geral, em torno de 4% não é tão alta e não foge tanto do padrão internacional. Neste caso talvez seja porque temos bons instrumentos de cobranças.

Dependendo deste item não será o que mais influencia no alto spread que tempos. E sobre os outros componentes do spread, quais são? Mão de obra, custos de sistemas, entre outros. Esses, no entanto não fazem a diferença muito grande no spread mas tem um que faz.

Temos hoje uma extrema concentração de bancos ofertantes de crédito, 70% da oferta de crédito no país vem de 3 bancos, nos EUA isso é 35%. Entrar neste páreo não é fácil. Citi e HBSC, por exemplo, tentaram e depois saíram do varejo. Em resumo: a redução do spread bancário brasileiro tem vários caminhos para iniciar um processo de redução e não adianta tabelar porque isso decorre das leis de mercado, oferta e demanda.

Há no entanto, iniciativas em cursos que podem colaborar com esta tendência: portabilidade, por exemplo vai neste sentido, pois os Bancos não irão querer perder seus boas operações e outros querendo ter as mesmas, mais um vez é a lei de oferta e demanda, vamos em frente!

Artigo por: Nelson Chaves

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