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Por que só se fala em taxa básica caindo? E o cheque especial e cartão de crédito?

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Por que só se fala em taxa básica caindo? E o cheque especial e cartão de crédito?

A taxa SELIC é uma referência para toda economia e é hoje o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para levar a inflação à meta definida pelo Governo. A Selic reflete também o custo do financiamento do Tesouro Nacional onde a dívida interna (nossa dívida) beira o equivalente a 80% do PIB. Logo, se a taxa SELIC sobe muito porque o Banco Central necessita dá mais aperto na economia e evitar mais inflação isso aumenta a dívida interna com pagamento de juros. Por outro lado, quando o SELIC cai acontece o contrário, e os juros das operações de crédito tendem a cair também.

Acontece que tem alguns juros que parecem ser insensíveis em relação ao SELIC, é o exemplo do cheque especial e do cartão de crédito.

A diferença entre a taxa cobrada pelo banco e o custo de captação do dinheiro chama-se “Spread”. Como caiu o custo de captação (SELIC) mas não caiu as taxas cobradas nesses produtos, podemos deduzir que houve aumento do spread, certo?, Bom, o Banco Central não está nem um pouco gostando disso!

Uma das explicações são a nossa concentração bancária: os poucos grandes bancos que dominam 80% do setor não querem que isso baixe porque representa um lucro recorrente todo mês.

Insatisfeito com essa explicação uma das soluções pensada pelo Banco Central é aumentar a quantidade de bancos e assim ter mais competitividade e consequentemente redução desses spreads absurdos.

Acontece que não é tão fácil criar mais bancos. Um banco tradicional tem 5 pilares:

Os 5 pilares:
  1. Rede de agências com capilaridade nacional
  2. Estrutura interna para vender seus produtos com segurança
  3. Sistema de pagamentos para pagamento de contas
  4. Estrutura de capital: que permite o banco multiplicar esse capital por meio de novas operações, prazos distintos, outros
  5. Monopólio de dados: banco não fornece aos concorrentes dados dos seus clientes
Banco Central:

O Banco Central está trabalhando para diminuir essas barreiras e com isso permitir a entrada de concorrentes no mercado bancário, exemplo disso tem sido as Fintechs, que tem surgido a uma velocidade estonteante, explorando justamente as falhas dos bancos no atendimento do público. Um produto regulamentado no início do ano é o Crédito com garantia do imóvel ou “Home equity”.

Dados do IBGE mostram que os imóveis residenciais das capitais brasileiras valem hoje R$ 12 trilhões, sendo que o mercado imobiliário só movimenta R$ 500 bilhões com esses produto ou seja, está subutilizado. Os outros pilares expostos acima perdem importância porque hoje as pessoas preferem resolver seus problemas bancários sem ir às agências, através de celulares, notebooks, etc. O monopólio de dados está sendo revisto com o cadastro positivo.

Em outras palavras o setor financeiro tradicional está sendo reinventado e de uma forma intensamente rápida. Novos bancos com novas especializações estão surgindo e quem ganha com esta competitividade somos nos, simples clientes mortais.

Veja o ultimo artigo do nosso blog.

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